terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Fim de ano nas escolas públicas

Em tempo de progressão continuada, desvalorização de professores, salas de aula lotada, indisciplina, vandalismo contra o patrimônio público escolar, violência, projetos inadequados à prática escolar e muitas outras questões que atordoam os professores públicos, é cada vez mais difícil não agradecer a Deus por mais um final de ano letivo.
Chegamos na reta final. É hora de fechar notas, somar as faltas e preencher milhares de fichas de aluno. Professores reunidos em um conselho que nada tem de poderoso (como acreditam os alunos), pois o resultado já está há muito tempo definido.
"Está na 5º série? Promovido para 6ª!"
"Está na 8ª série? Não obteve rendimento satisfatório, mas foi retido no ano anterior? Então aprovado para o Ensino Médio!
E assim vai...Entra ano, sai ano e as políticas educacionais continuam mascarando os resultados reais.
É tempo de sentir-se um nada; apenas um número no cadastro do sistema de funcionários públicos. Ver que aqueles alunos que nada aprenderam, que só te fizeram perder a calma e muitas vezes até a saúde, que depredaram o colégio, picharam carteiras e paredes, ofenderam inspetores, professores e funcionários, rasgaram livros didáticos, traficaram drogas nos banheiros da escola, alcoolizavam-se e alterados pela bebida, envolveram-se em brigas e atos de vandalismo, que esses alunos, caro colega professor, prosseguirão em seus estudos sem ao menos saberem escrever e realizar as quatro operações básicas da matemática. E você não pode fazer nada. A lei irá aprová-lo mesmo você sabendo que ele não tem condições de prosseguir.
Passa-se o tempo e o resultado dessa ação volta como índices baixíssimos na educação brasileira. Alunos do ensino fundamental e médio vão mal nas avaliações de ciências, matemática e português. "Estamos atrás de 57 nações" como afirmou o ministro da educação Fernando Haddad em entrevista ao jornal Bom Dia Brasil de hoje.
De quem é a culpa?
Será do professor? Que não soube "cativar" os alunos. Que não tem "pulso forte" pra lidar com as questões frequentes de indisciplina? Que por falta de outra opção escolheu o magistério?
Será das universidades? Que não preparam adequadamente os jovens professores? Que não reestruturam sua grade curricular?
Será do Governo? Que não valoriza o profissional da educação e lhes oferece baixos salários? Que não investe adequadamente em capacitações para os professores?(e não somente para diretores e coordenadores como acontece na grande maioria) Que não oferece condições básicas de trabalho como a segurança na saída das escolas, principalmente no período noturno?
Será da Família? Que não tem feito seu papel de educar e incentivar o hábito de estudo?
Será da Sociedade? Que não participa da vida escolar? Que não fiscaliza os fins das verbas escolares que o Governo fornece?
Fica aí a pergunta...De quem é a culpa?
Só quem é professor ou já passou por essa profissão sabe a frustração que é saber o resultado das aprovações automáticas para o futuro do aluno, da família, da sociedade e da nação.
Infelizmente não nos perguntam nada, não nos escutam. Ninguém vem até a escola, aos professores e aos alunos perguntar se essa ou aquela política pedagógica será eficaz, se contribuirá para a melhoria da escola.
Mais um ano escolar acaba. Muitos alunos chegarão nas faculdades com graves problemas de defasagem. Essa é infelizmente a nossa realidade.
Se você que está lendo esse texto for um professor, parabéns! Você é meu super-herói!
Você, que mesmo sabendo do futuro não desiste de lutar.
Que o seu Natal seja repleto de luz, paz e sabedoria!
Que Deus abençõe todos nós professores!
Danielli

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Coração


Membro irrequieto do corpo;
centro dos meus desejos e sentimentos;
razão da minha dor e sofrimento.
Quero arrancar-te, mas não posso.
Quero sufocar-te, mas não consigo.
Cansei-me de ti!
Não lhe escutarei mais!
De hoje em diante serei apenas Razão.

Danielli
(Poema criado em julho de 2004)

Mulheres

Somos como as flores do campo.
Ora arrancadas por um temporal;
Ora desfaceladas pelo vento.

Somos flores coloridas, brancas, rosas e amarelas.
Jasmins, orquídeas e margaridas.
Cada uma com um perfume diferente.
Algumas tímidas, silenciosas;
outras rebeldes e agitadas.

Algumas com proteção ante-dor;
outras com sensibilidade exagerada.
Somos todas irmãs, filhas da mesma mãe natureza.
Vítimas da mesma fraqueza humana.


Danielli Cabral

( Poema escrito em abril de 2007)

Mudar quando se é conveniente

As pessoas são outras no mesmo instante em que a conhecemos.
Roupas, gostos, sonhos, ações e opiniões. Ninguém é o mesmo diante do outro. Queremos sempre ser o que o outro vê em nós, o que o outro gosta e deseja que sejamos.
Uma simples afirmação como: " Você é tão divertido" nos faz tornarmos verdadeiros palhaços ( no bom sentido).
O medo do desapontamento diante do ser amado, nos impede de sermos o que realmente somos.
Um gatinho pode-se tornar um leão diante das pessoas - forte, feroz, corajoso, mas no final do dia ele volta a ser apenas aquele bichano carente de carinho. A essência não muda nunca.
O ser humano é mutável em todos os sentidos. Mudamos nosso exterior, nossas falas, ações e pensamentos na medida que isso nos é interessante. Somos metamorfosiados naquilo que desejamos ser- no limite de nossos desejos.
Mas um dia a verdade é revelada. A máscara cai porque o carnaval não dura para sempre. Chega a quarta- feira de cinzas e então é preciso encararmos a realidade. Voltamos a ser os mesmos de todo dia.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Ler é importante; ler bons livros é ainda mais importante

Ler é preciso...

É preciso tornar-se leitor hoje. Deixemos de ser apenas ledores!
Os primeiros professores de nossas vidas são os nossos pais. Quanto mais exigentes, mais participativos e mais compromissados conosco eles forem, melhor nos tornaremos quando adultos.
Pais leitores são os melhores! Com eles aprendemos a amar o livro e nele descobrimos que é possível viajar todos os dias para onde quisermos.
Sejamos pais e mães leitores, chatos sim! exigentes! mas sempre preocupados com o futuro de nossos filhos.
Não faça parte da assustadora estatística que diz:
* Uma entre cada quatro pessoas adultas não lê.
*70% da leitura referente ao ano de 2006 foi feita apenas por 10% da população.
* As mulheres e as pessoas idosas são as pessoas que mais lêem.
* Os livros mais lidos em 2006 foram aqueles de romances e de religião.
( Pesquisa da AP-Ipsos; EUA em agosto de 2007)
Sejamos diferentes! Sejamos conscientes!
Vamos mudar os resultados.
Uma boa leitura só nos proporcionará benefícios!