terça-feira, 21 de abril de 2009

Marinheiro


Sou um triste marinheiro a singrar pelos mares revoltos da vida à procura de um porto seguro. Singro os mares enfrentando tempestades, maremotos e perigos.

Por vezes ouço o canto das sereias e enfeitiçado caio em suas armadilhas de amor.

Mas, amparado pelos meus fiéis marujos volto a realidade e encaro minha sina de solidão- novamente ao comando do meu leme.

21/04/2009
Danielli. V. Cabral

Cegueira passageira

Um dos maiores defeitos dos olhos e do coração é querer personificar um sentimento em um ser humano.
E quando isso acontece tem-se a sensação de perfeição do ser. Não se enxergam seus defeitos, seus medos, suas frustrações.
Entorpecem-nos os olhos. Grandes inimigos do coração...
Aumenta-se ainda mais esse equívoco quando as coisas parecem acontecer por acaso.
Um encontro, uma palavra: mágica.
Hipnotizados pelo aroma e pela imagem(perfeita para os olhos do coração) somos arrastados pelos nossos desejos. Corações acorrentados...
E a magia é tão forte que somos capazes de esquecer a realidade. Tudo vira magia - ficção - poesia.
Mas tal qual é a velocidade da paixão, é também a velocidade da decepção.
O momento de abrir os olhos da alma - de enxergar o outro como ele verdadeiramente é.
Enganados, ludibriados pela noradrenalina do corpo transformamo-nos em apenas vítimas da desilusão.
21/04/2009
Danielli. V. Cabral