segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Poemas de amor



Poemas de amor



Os mais belos poemas de amor são aqueles cuja inspiração derivam da solidão.

Quisera eu poder compôr poemas tão intensos quanto a dor de amar e não ser amada.

Como dói o silêncio, a ausência e o desprezo do ser amado...

Talvez seja essa a minha sina: morrer de tanto amar.

Amores - doces ilusões do meu coração.

São como balões de gaz .
Esvaziam lentamente até restar apenas a borracha sem forma; sem beleza; sem emoção.


Danielli V. Cabral

Dezembro de 2008

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Pausa para uma reminiscência

Momento

Encontro -me absorta em devaneios...sonhos.
Viajo em um futuro imaginário, esperançoso.
Sonho com alguém que não me conhece -
pelo menos não da forma como deveria.
Vejo os dias, as horas e a semana a passarem lentamente.
A ansiedade corrói o meu coração.
Alguns acontecimentos tentam me desviar desse pensamento.
Espero ansiosamente por um telefonema que não vem.
Passo os dias a imaginar o porquê do silêncio.
Traço possibilidades - questiono as atitudes;
Revejo frases soltas - palavras ao ar.
mas nada...nada ...nada justifica a ausência de sua voz.

11/12/2008
Danielli Viana Cabral

Poemas de Cecília Meireles

Serenata

"Permita que eu feche os meus olhos,
pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora,
e cantando pus-me a esperar-te.
Permita que agora emudeça:
que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silêncio,e a dor é de origem divina.
Permita que eu volte o meu rosto para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho como as estrelas no seu rumo"

Cecília Meireles

Poemas - Momento de Reflexão

Despedida
Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranqüilo:
quero solidão.
Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.
Que procuras? Tudo.
Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.
A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?
Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)
Quero solidão.